CRISTIANE ANDREIA DA SILVA RIBEIRO - PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA REDE ESTADUAL DO MARANHÃO, LOTADA NO COLÉGIO MILITAR TIRADENTES IV

1) Quando ou como surgiu a ideia, ou melhor, a vontade de ensinar, lecionar?

Professora Andréia: Foi com a prática do esporte, porque eu era atleta e, em certo momento, percebi que eu não iria muito longe como atleta, e veio a alternativa de ser professora dentro da prática esportiva.

2) Já ocorreu alguma dúvida ou até mesmo arrependimentos em relação a isso?

Professora Andréia: Não, nenhum arrependimento.

3) Ensinar é algo complexo, até mesmo exaustivo. Como a senhora trata essa rotina que, na maioria das vezes, é repetitiva? Quais alternativas a senhora usa para "mudar" um pouco?

Professora Andréia: Buscando incluir alguma atividade que fuja um pouco da rotina, por exemplo, na prática, trazer novos tipos de exercícios. O envolvimento com os alunos também influencia bastante.

4) Como ocorre a conciliação entre o seu profissional e o pessoal?

Professora Andréia: Como na área da educação física eu sempre fui presente, desde os 14 anos de idade, foi super tranquilo.

5) Em salas com alunos com personalidades, origens e estilos de vida diferentes, como a senhora trata essas diferenças?

Professora Andréia: Tentando compreender a individualidade de cada aluno, tem alguns alunos que precisam ser vistos de forma mais atenta.

6) A senhora almeja alguma conquista a mais no seu meio profissional?

Professora Andréia: Sim, dentro da perspectiva de estar em uma sala de aula, é buscar outros concursos.

7) Já que a ideia de trabalhar na área da Educação foi, de certa forma, uma válvula de escape, teve alguma influência de familiares que lhe incentivaram a fazer isso?

Professora Andreia: A minha mãe me ajudou muito em relação a isso.

8) A senhora planeja passar a sua profissão aos seus “descendentes”?

Professora Andréia: Algo que eu sempre falo é que as profissões que nós devemos escolher devem ser voltadas para algo que gostemos. Muitas pessoas querem controlar essa escolha. Porque, quando fazemos aquilo que gostamos da melhor forma, o retorno vem como consequência, tanto no financeiro quanto na realização profissional.

Algumas pessoas fazem algo que não querem e nem sempre o resultado é satisfatório. No ano passado, um aluno disse assim pra mim: "Professora, a senhora é a primeira professora que está dizendo que ser professor é bom". Eu amo ser professora, porque é algo que eu gosto. Acho que automaticamente é transmitido a algumas pessoas.

Em uma escola onde eu trabalhava em Teresina, uns três alunos que se formaram em Educação Física conversaram comigo, e eu disse: "Se é o seu sonho, lute e corra atrás".